Olár pessoas!
Hoje vim falar um pouco da experiência que foi a faculdade de cinema que comecei a fazer em Olinda - mas vou logo avisando que não terminei nem o primeiro semestre! rs
Depois de ter me formado em Fotografia, e concluído a Pós-graduação, quis continuar explorando a vida acadêmica que me interessava prodfundamente, ainda mais pela parte de pesquisa e desenvolvimento de trabalho autoral; Então resolvi prestar vestibular pra Artes Plásticas; Sien! (sic) Prestar vestibular sendo portadora de diploma! rs. E isso me lembrou que havia passado na primeira fase da finada Convest, em Artes Plásticas da Federal, quando ainda fazia o primeiro ano cientifico, sem estudar, tinha sido mais pra testar.
Passei, mas infelizmente “não fechou a turma”, ou seja, não tinha o mínimo de alunos aprovados pro inicio do curso, e houve um remanejamento de cursos, e foi aí que escolhi estudar Cinema.
Achei que seria uma boa escolha, já que eu tinha formação em fotografia, mas diversas questões aconteciam com a Instituição, Corpo Docente… que depois de uma palestra de Kléber Mendonça Filho, falando que o primeiro filme da vida dele, ele gastou R$500 (quinhentos reais), e eu tava ali pagando mais que isso em mensalidade numa faculdade privada que não tinha infra-estrutura adequada para o curso, e diversas questões que na semana do meu aniversário em abril eu decidi largar o curso, e em maio fui pra Barcelona onde passei 2 meses, e visitei a Italia pra o casamento de uma amiga.
A experiência de entender até onde temos que ir na vida acadêmica, o investimento emocional e financeiro que colocamos, muitas vezes precisa ser colocado numa balança, e ver que mais que aprender academicamente, é preciso aprender na prática. E na prática, eu não sei até onde eu estava disposta a ir pelo cinema.
A prática que pude experimentar foi participar de um curta-metragem filmado na casa de Ariano Suassuna, e fiz a parte da Direção de Fotografia e Iluminação de cena. Medo de eletricidade? Temos! Mas queria aprender a luz feita numa cena, pra entender como a fotografia funcionava ali. E claro que isso enriqueceu muito a minha habilidade de ver luz em cena, e anteriormente já havia feito algumas oficinas sobre iluminação de palco, então fui entendendo também como construir esse cenário de luz, em locais internos e externos. E haja cabo, tripé, luva, extensão, fita, spot, lâmpada, cartão de memória…
Conheci pessoas que tenho no meu coração até hoje, e acho que são essas coisas que nos permitimos experimentar, são os momentos que mais aprendemos e enriquecemos nosso repertório pra saber lidar com pessoas diferentes, com situações novas, com aprendizados técnicos e interpessoais.
Cheguei a participar na adolescência algumas vezes em figuração de filmes de amigos que trabalham com cinema, além de outra vez ter feito uma câmera pra uma cena de uma filme sobre a praia de Carneiros…
O cinema em mim hoje vive na fotografia e na crítica. Todas as vezes que vejo um filme ou série, observo de forma técnica, a luz, a fotografia, corte, roteiro… (a mesma coisa quando não tô trabalhando em shows, na maioria das vezes, não venha falar comigo se não for técnico, que tô trabalhando mentalmente - hahhahahha). E a crítica entra no lugar de argumento e roteiro, principalmente de temas relacionados à mulher e à violência contra a mulher, e temas decoloniais, como cultura, religião que fazem parte da minha atual pesquisa.
Ficamos por aqui e até a próxima!