A Exposição AFROBRASILIDADES - de Pernambuco à Bahia é um Projeto do PEBA, que reúne o trabalho de artistas que tem uma conexão ancestral entre esses dois estados. O convite para participar da segunda edição do projeto surgiu e, através do edital público meu trabalho foi selecionado, num total de 15 artistas entre os dois estados.
Foi muito interessante ver a seleção de uma chamada pública, pessoas que você admira, amigos, e outros colegas; e uma dessas pessoas que deu muita alegria de ver foi o Mateus Sá, - galego, do qual partilho vivências desde 2010 no campo da fotografia. É muito bom quando você tem uma profissão e, através dela, consegue se conectar com outras pessoas que também amam o que fazem e que encontram ali, um lugar comum.
Ao mesmo tempo, partilhar uma exposição com nomes de peso no campo da fotografia em Pernambuco como Xirumba, Beto Figuerôa, Helia Scheppa…ver que agora percenço a esse grupo de pessoas que há alguns anos atrás era, na minha cabeça, tão distante… é massa de ver! Que bom que a fotografia é isso, - parafraseando Prof Afonso, “…a fotografia é uma desculpa para os encontros…”. E que encontro!
E o apoteótico foi estar expondo num lugar que nunca havia imaginado… a Caixa Cultural do Recife. A arquitetura desse lugar é um negócio lindo, um dos pontos turísticos mais frequentados da cidade, na frente do Marco Zero, ali, na frente da pitoca de Brennand…. E tudo isso culminar numa apresentação de Maracatu que do Marco Zero, entra do edifício da Caixa, no meio da exposição…. com o seu som forte e potente, reverberando naquele espaço… foi emocionante!
Ao entrar na Caixa Cultural e ver a expografia belíssima, impecável! Ver amigos, familia, colegas… poucos meses depois de voltar de Barcelona… foi um abraço bem quentinho no coração e um sentimento de boas vindas!
A fotografia selecionada foi o retrato de uma das Damas do Passo, do Maracatu, durante o Encontro Nacional de Maracatu de Baque solto e Baque virado em Olinda, durante o carnaval. Foi a primeira vez que coloquei esse trabalho em exposição e foi muito ver como as pessoas se identificam.
Fiquei muito feliz em fazer parte desse projeto, ainda mais que, durante os dois meses de exposição, em um dos eventos que rolaram do projeto foi, nada menos que uma palestra, a venda de livro e autógrafo de Hugo Canuto, um quadrinista incrível que faz um trabalho sobre os orixás no estilo de super herói. Fui lá feito erê! Fiz foto, autografei meu livro e voltei pra casa feliz e serelepe como uma erê