Um pouco sobre o que ando fazendo, experimentos, histórias das séries, exposições, vida acadêmica e claro, um pouquinho sobre mim.  

Em março de 2019, estava com a Exposição Coletiva Resistência Vagalume, com a série “ Quantas Mãos Fazem um Maracatu?”, no Museu Murillo La Greca, em Recife, quando saiu o resultado da convocatória do Festival Floripa na Foto, anunciando os selecionados pra exposição “Vestiremos as Cores que Quisermos”.

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Ir pra um show que a gente gosta é sempre se conectar com quem canta, que parece que sentimos o mesmo de quem escreveu. Quando estou diante do palco, é como se as vezes aquela cena tivesse acontecendo em camera lenta, com suas inúmeras luzes coloridas só pra mim. Então mergulho na vibração dos músicos, da música, de mim, do que sinto, do que vejo, e presto atenção, até um ponto que faço o click e a partir dali meu olho, minha cabeça, meu corpo e minha camera entram num outro plano que vejo tudo que acontece diante de mim, como magia.

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Bom, essa é uma série é uma das que mais trabalhei muito encima, desde revistar o material que foi captado em 2015, à fazer leitura de portfólio, curso, meses de trabalho intenso de experimentação e discussões coletivas sobre o material, até ganhar corpo, e ser feita a primeira expo do trabalho em 2018.

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O ano de 2015 foi um momento que sem perceber, estava muito envolvida com a cultura pernambucana, e só no primeiro semestre tinha fotografado três eventos que tinham o Maracatu como tema central.

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No Estado de Pernambuco, nordeste brasileiro, é comum vermos apresentações de Maracatus e a reprodução de suas imagens estamparem as cidades e o imaginário coletivo pernambucano;

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Esse é o primeiro texto que falo sobre essa série, e também a primeira série que realizei. E é Interessante pensar sobre isso, e revisar esse lugar, porque quando olho pra trás e penso como ela começou, é ao mesmo tempo, olhar pro começo da minha jornada.

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É comum ver em Olinda alguns grupos reunidos jogando capoeira, seja no Alto da Sé, na praia... mas quando fui pra Barcelona, não imaginei ver, ainda mais durante a primeira caminhada para Iemanjá na cidade Catalã. Era como estar em casa. Já tinha o projeto Veste Branco em andamento, e fotografei as rodas de capoeira porque faziam parte daquele cortejo, que em alguns momento era parado pra algumas pessoas de grupos de capoeira formado por brasileiros e espanhóis da cidade. Quando voltei e olhei as imagens com calma, algumas era meio abstratas, os corpos pareciam amórficos, e quis experimentar mais dessa outra forma de ver o corpo. Seja ele múltiplo, ou descontruído, cortado, recriado. Então gostaria de compartilhar algumas dessas imagens, e seus desdobramentos.

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O Paraty em Foco é um dos maiores festivais de fotografia do país e acontece anualmente na cidade de Paraty no Rio de Janeiro. E eu fiquei muito feliz em ser Finalista no Prêmio e fazer parte da exposição no festival em 2019.

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